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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Somos Pais e Mães


Foto do Google
Ficamos deslumbrados com aquele ser tão pequenino nos braços. Temos um ciúme incomparável de nossa cria. Cuidamos com tanto carinho e exageros (incompreensíveis) que só a gente entende; como quem cuida de uma jóia. Acalentamos, desesperamos quando não sabemos mais o que fazer... Desfilamos com os filhos nos braços, como quem carrega um troféu! E duvidamos que alguém os ache feios. “Babamos” com suas descobertas: os primeiros passos, a primeira palavra, o primeiro beijo, e o tão pedido, aceno de tchau. O balançar de suas mãozinhas, mais parecem às mãos de um maestro regendo uma orquestra. Suas caretinhas, cheias de feiurinhas, que para nós é uma das “7 maravilhas do mundo”!
Somos Pais e Mães, borbulhando de amor interno que sai pelos poros, ilumina o nosso olhar, “neutraliza” nosso olfato, adocica nossa fala e amplia incrivelmente nossa audição, capaz de ouvirmos, até enquanto dormimos, um gemido dos rebentos. Tudo isso não nos custa nada, absolutamente nada!!
Foto do Google
Enquanto crescem, os filhos vão ganhando espaço dentro de casa. Vão trazendo companhias, outros filhos, filhos dos outros. E fazemos para eles: bolos, pipocas e doces. Querem ser como os mais velhos que vão à escola. Quase “morremos” quando os deixamos na escolinha e por três intermináveis horas, o nosso pensamento está com eles... Maravilhamo-nos com seus rabiscos indecifráveis; são para nós, obras de arte!
Dia das Mães na escolinha... Trinta crianças e nossos olhos não conseguem se distrair; estão fixos a cada palavra, a cada gesto, a cada passo em direção ao abraço, preenchido com uma flor! Emoção inigualável e choro inevitável... Nesse momento começamos a nos dar conta de que somos Mães.
As febres, os tombos, os joelhos ralados, os barulhos das cabeçadas na parede ficam para sempre registrados nas nossas lembranças. Denotam culpa de nossa parte. Poderíamos ter evitado... Mas como? Ou os deixamos viver, ou os deixamos viver. É natural!
Foto do Google
Crescem, crescem, e crescem também nossas preocupações. Já estão crescidos, mas continuam, para nós, como crianças. Querem o “desmame” e nós temos medo da liberdade, que um dia também conquistamos. Ahh, como devem ter sofrido nossos pais... Hoje, o sabemos! Mas nem pensamos nisso, queríamos experimentar a vida; entender como as coisas acontecem sob nossa “responsabilidade”. Qual responsabilidade? Achamos que filhos devem ser isentos. Tardamos ao máximo suas empreitadas, com medo de se ferirem.
Somos Pais e Mães, nos anulamos e nos realizamos neles. Somos convictos, que faríamos tudo de novo. Cedemos quase em tudo e filhos dizem que não deixamos nada. Sentem-se prisioneiros, enquanto, o que tentamos, é inconsequentemente poupá-los. Que o tempo passe para nós e não para eles. Já não mais os dominaremos, nem com leves chantagens... Terão sua história. Que não duvido, bem parecida com a nossa.

Marilí
14/11/2011

2 comentários:

  1. Que lindo!! É mesmo assim... os filhos vão apenas morar ali ao lado...não importam as distâncias... estarão para sempre no nosso coração. Lembrei de uma frase... (eu e as frases...)"que quem tem um filho tem um coração que bate fora do corpo"!!!! Mas só vale para quem é mãe de verdade... tem tantas por aí que não valorizam o privilégio da maternidade!!!!!

    Parabéns Marilí!!! O texto é ótimo!!!

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    Respostas
    1. Ah Darlene! Muito obrigada!! Você sempre me apoiando em minhas empreitadas pela internet... Você é demais!

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