Página Inicial

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Costura


Voltando aos poucos à rotina da casa, vou vendo e atendendo às necessidades com calma. 

Depois de tanto tempo, sinto o prazer da liberdade de começar o dia como eu quero. Eu tinha os fins de semana, os feriados e as férias para isso. Mas o vínculo pra mim é impressionante, não conseguia me desligar. Fins de semana e férias nunca foram suficientes para me sentir "livre". Eram apenas, dias de "descanso". 

Pois, hoje de manhã, me vi costurando!! kkk
Ah, nada de corte e costura; apenas um conserto numa roupa do filho. 
Costurar, nem que seja um remendinho aqui outro ali é sinônimo de carinho. Reforçar um botão que está solto; ajustar uma casa que está frouxa... 

Minha avó paterna costurava colchas de retalho. A família quase inteira tem uma amostra de suas produções. Minha mãe nunca foi costureira, mas se atrevia numa máquina de costura, fazia fronhas, aventais, embainhava panos de prato. Eu cresci vendo tudo isso. E achava lindo! O barulhinho da máquina de costura... Minha mãe tinha daquelas que funcionava a pedaladas. Os pés é que levavam a máquina a costurar num vai e vem constante. Ou seja, ainda faziam exercício. Imagina!! Onde foi parar tudo isso?
Saudade do que não volta mais.

Eu resisto ao tempo e as modernidades. Eu costuro com linha e agulha, colocando ali todo meu carinho, pensando com amor naqueles que irão usar essas roupas: meus filhos e marido. Carinho de mãe, de esposa que dedica, agora, todo o seu tempo para cuidar deles.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, será um prazer recebê-lo.