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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Aliviar a casa e a vida

Uma família que resiste firme, unida e feliz por muitos anos é uma bênção! Lembremos da geração dos nossos pais. Os casais se mantinham juntos cumprindo o juramento "até que a morte os separe!". Podiam passar por poucas e boas mas aguentavam, lado a lado, os percalços da vida.
Bom lembrar!

Imagem do GShow Mais Você
Mas, o que quero mesmo abordar, é a quantidade de coisas que acumulamos em casa, depois de muitos anos de casamento. No meu caso, estamos prestes a completar 28 anos! Imagina, para uma pessoa como eu, que foi estimulada a guardar de um tudo pensando que a qualquer hora aquilo poderia servir? Potes disso e daquilo, sacolas, caixas, vidros, lembrancinhas de festas, e por aí vai. Eu assumo, sou uma guardadeira de primeira! Mas pretendo mudar. E já até comecei! Com o incentivo de uma amiga que é expert em desapego, tenho conseguido me libertar deste peso que é acumular coisas. Sim, é um peso! Não só pelo aspecto físico, mas também pessoal. A prática de acumular coisas influencia diretamente na vida da pessoa, tornando-a desvitalizada, cansada, desanimada além de desorganizada. Onde quer que olhamos em casa, vemos coisas desnecessárias ocupando lugar. A praticidade é a bola da vez, nos tempos atuais. Então mãos a obra! O que tenho feito para aliviar a casa e a vida?

Esta minha amiga tem uma regra que segue a fio. Ela mantém o necessário em casa para viver. Caso compre uma novidade ou ganhe, automaticamente uma coisa de dentro de casa tem que sair para dar lugar ao novo. Corretíssimo! Tenho aprendido muito com ela. E tenho me esforçado para mudar meus hábitos.

Já consigo jogar fora, sem dó, muitas coisas que antes guardava. Ah que alívio! Me perdoe o "meio ambiente". É uma questão de saúde! Por falar em meio ambiente... E os reciclados? Olha, a regra do "entra um, sai outro" vale pra tudo! O foco é: não mais acumular, lembra disso.

Quando precisar adquirir qualquer coisa para sua cozinha, sempre dê preferência para peças de louça, vidro ou inox. Evite comprar utensílios de plástico que encardem e são difíceis de zelar. Embora eu tenha usado muita coisa plástica a vida inteira, porque é de baixo custo, hoje prefiro a praticidade. Os plásticos são mais baratos e por isso compramos outro e mais outro e assim vamos entulhando coisas. Dou um exemplo. Eu precisava de um escorredor de talheres na pia e comprei um de plástico. E também já tive o escorredor de louças desse material. Arrependi. Antes tivesse investido um pouco mais e adquirido um de inox que é durável e de fácil limpeza, além de valorizar mais a cozinha.

Então, é só comprar coisas novas e ir trocando? Não. Não se trata de necessariamente comprar. Tente ver, em casa mesmo, o que pode ser substituído. Troque suas coisas de função. A gente se surpreende quando percebe que nem precisa de mais nada, apenas de utilizar melhor o que já temos. Na foto mostro os dois tipos de escorredores de talheres. O que fiz foi apenas usar na pia um suporte no qual vieram uns talheres que ganhei. Estou gostando da nova função que atribui ao objeto.

Outra coisa é se perguntar antes de comprar algo: realmente necessito disso?; tenho espaço em casa para colocar isso?; estou disposta a me desfazer de algo que já tenho em casa para comprar esse?. Muitas vezes compramos por precipitação ou pela ilusão da promoção sem a devida reflexão.

Alguma coisa quebrou ou trincou? Analise se tem conserto, caso contrário: lixo! Lembrei agora de uma outra amiga que gosta de dizer que as coisas também têm vida útil e devemos aceitar isso mesmo que tenha valor sentimental. Eu sempre tive dom de consertar coisas. E em quase todas as tentativas me sai bem nos meus intentos. Mas aprendi recentemente a analisar se realmente vale a pena.

Outra coisa é se desfazer de algo que nunca usa. Pode ser útil para uma outra pessoa, vamos doar? É! Basta olhar com atenção e perguntar: por que nunca usei isso?; será que posso dar outra utilidade a essa peça?. Se depois de pensar, não encontrar respostas, é melhor doar. Na tentativa de aliviar a casa e a vida o verbo em ação é doar!

Olha, é um exercício diário. Não é fácil mudar os costumes de uma vida inteira. Sempre que cair na tentação de querer se apegar a algo, reflita: o objeto ou a minha saúde? Como já sei a resposta, desapegue já!



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