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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Viver contente

Gostaria de refletir um pouco, acerca da inconstância humana. Para ser mais precisa, quero tentar analisar o comportamento das pessoas, frente às situações da vida.

Existiu um homem, chamado Paulo, que disse assim:
Sei viver na penúria, e sei também viver na abundância. Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade.
E ele disse ainda:
 Aprendi a contentar-me com o que tenho.
Saber viver tanto na fartura, quanto na necessidade, é não mudar o próprio jeito, por causa disso. É manter-se sóbrio nas dificuldades e incorruptível na situação favorável. É não ser coitado e nem soberbo.

"Aprendi a contentar-me com o que tenho." Contentar, que vem da palavra contente, é estar em paz, satisfeito com a situação que ocupa, neste paradoxo, seja na abundância ou na penúria.

No contexto em que vivemos, uma frase dessa, causa frenesi. Uma pessoa não deve jamais se contentar com o que tem. Precisamos sempre querer mais. Esta é a mentalidade que nos é imputada. Mas não é esse o princípio de Paulo, e nem é nesta linha de raciocínio, que ele escreveu essas coisas.

Estar satisfeito e feliz numa condição privilegiada é fácil, difícil é sobreviver ao oposto sendo a mesma pessoa. Entendo que, quando Paulo diz que se contenta com o que tem, quer dizer que não é a situação que deve moldar o homem, mas sim, o contrário.

 

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