Página Inicial

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Economia doméstica

imagem do google
As pessoas que lutam muito na vida para ter alguma coisa, costumam ser muito econômicas. Não existiu no mundo pessoa mais econômica do que uma senhora que conheci, a minha mãe. Professora na disciplina economia do lar, ela parecia fazer mágica. Tudo na mão dela rendia muito, se transformava e multiplicava. Nunca foi à escola, mas tinha uma sabedoria de dar inveja a muita gente bem estudada.

Uma pessoa econômica é capaz de ter tudo o que necessita sem gastar dinheiro com coisas desnecessárias. Para a grande maioria das famílias brasileiras, é muito difícil manter um lar, dar a todos uma vida digna e confortável. Quando digo confortável, quero dizer uma vida livre de dívidas que crescem qual uma bola de neve; é não viver no sufoco mês a mês. 

Fazer economia no lar é priorizar as necessidades, pesar o que é mais importante naquele momento, sem se esquecer que o dinheiro tem que dar até o fim do mês e não exceder no gasto com o cartão de crédito. Não é fácil viver fazendo economia. Mas economizar se aprende, vira hábito. 

imagem do google
Tento fazer economia em tudo que posso. Energia, água, produtos de limpeza... Em tudo dá para economizar. Se tomamos banho quando ainda tem sol, não precisamos usar a luz, por exemplo. Juntar roupas sujas e usar a capacidade máxima da máquina para lavar tudo de uma só vez estamos economizando água, sabão e energia. Ligar o ferro de passar para muitas roupas ao invés de uma ou duas peças.  Desligar a geladeira para limpar. E assim por diante.

imagem do google
Quem nunca virou os frascos de tudo quanto é coisa, de cabeça para baixo, para desfrutar do produto até o fim? Quem nunca espremeu o tubo de creme dental com o cabo da escova de dentes? É desaforo jogar fora uma porcentagem do que o nosso dinheiro pagou, só porque a embalagem não permite o uso até o fim. Quando não resolve virar ao contrário e nem espremer, eu corto a embalagem, e olha, tem muita coisa ainda lá para usar! 

Aprendi a ser econômica em casa, mas estou longe ainda de ser como minha mãe. Separo o óleo de cozinha sujo, mas nunca fiz ele virar sabão como ela fazia. Agora, tem coisas que fico pensando, será que fazia sentido? 

  • Esquentar a lata de óleo para aproveitar até a última gota. 
  • Deitar o botijão de gás e ficar balançando ele com o pé para usar até o fim. 
  • Colocar um pouco de água dentro do saquinho de leite e sacudir para subtrair até a nata.
  • Reacender o palito de fósforo para ligar outra chama do fogão.

Talvez algumas de vocês, que são da minha geração, possam ter vivenciado isso também. Hoje não somos econômicas a esse ponto, mas valeu a escola. Óleos de cozinha nem vêm mais em latas, eu acho. O leite agora é longa vida e os de saquinhos, que ainda restam, duvido que juntem nata. Deitar o botijão de gás, que perigo! Reutilizar o palito de fósforo, quem sabe... 

Economizar é um exercício diário, mas confesso que não vejo a hora de os frascos que estão virados de cabeça pra baixo, liberarem logo o produto, para serem descartados. Que de vez em quando, dá sim, vontade de comprar coisas diferentes para testar e dar um ânimo novo para os trabalhos domésticos. Ou de ter aquele produto de beleza recomendado por uma amiga. É só ter um controle e aguardar o momento certo, sem comprar por impulso. 

Um comentário:

Deixe aqui seu comentário, será um prazer recebê-lo.