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"A simplicidade é o último grau de sofisticação." Leonardo da Vinci.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Contando histórias aos filhos

Imagem do Google
Já é conhecido que contar histórias é um recurso lúdico e pedagógico que ajuda na construção do ser crítico, autônomo, criativo e capaz de resolver problemas.

A partir da novela “A Vida da Gente”, quero fazer um paralelo entre o modo de educar de duas famílias distintas, porém, num mesmo contexto. A abordagem está arquivada no vídeo a seguir.


A cena retrata o cotidiano não muito distante da vida real, tudo a ver com o nome da novela... É realmente “A Vida da Gente”! A diferença é que nos encaixamos em uma ou outra situação. Tente descobrir a sua, enquanto, pais ou mesmo filhos.
Nem sou muito ligada em novelas. Não tenho muita paciência, ou não consigo achar interessante. Mas a atual “novela das seis” tem me chamado atenção... São várias situações passíveis de reflexão. É bom assisti-la, com uma companhia, para que haja a partilha da mensagem que nos está sendo enviada. Nessa cena específica, ficou registrado que há pais que têm filhos e pais que se doam aos filhos.

Os pais que têm filhos estão sempre preocupados com que não lhes falte “nada”. Na condição dos pais de Thiago, o filho tem babá para suprir suas necessidades e até as mais essenciais, aquelas advindas dos próprios pais. Essas são terceirizadas. Nessa família é clara a relação de interesses próprios. Nada há em comum entre pais e filhos. Não se pratica a interação e muito menos a empatia de uns para com os outros. A tendência é que filhos desse tipo de pais cresçam inseguros, carentes e renegados, apesar de aparentemente se mostrarem bem-resolvidos quando adultos. Salvo algumas exceções que abrangem os estudos da psicologia ou nem ela mesma explique.
No outro caso, especificamente, são os pais que se doam à filha. A Júlia é privilegiada com o tratamento a ela dispensada pelos pais. Uma família tranquila, unida e que prioriza o amor, a compreensão a abnegação na educação dos filhos. Este é um ambiente familiar propício para o desenvolvimento saudável de uma criança e futuramente um adulto equilibrado.

Os filhos desejam encontrar nos pais o que eles deveriam representar de fato, um porto seguro; àqueles em quem os herdeiros não herdam apenas os bens materiais, mas principalmente a moral, os princípios, os bons costumes e a afetividade. Esta, responsável pelo elo familiar, tão desgastado atualmente. Os filhos necessitam se sentir queridos, desejados e amados em todos os momentos da vida. Além de receber também normas educativas, é claro. O "não" na educação é necessário para que os filhos entendam que na vida, haverão de ouvi-lo e terão que lidar com isso da melhor forma possível, pois, ao contrário, o sofrimento será insuportável. Cabe aos pais a tarefa de impor limites, porém de forma criativa e afetuosa.

Na trama, ficou claro, que os pais de Thiago apenas quiseram se livrar do filho que interrompia um momento do casal. A evidência disso foi marcada pelo fato de o menino não se dar por satisfeito e procurar então, a sua babá, que acaba criando um laço de carinho para com o garoto, desempenhando um dom próprio dos pais.

Já na cena que envolve a menina Júlia, chegamos a nos emocionar com tanto desprendimento dos pais, que ao notar a menina entremeio o casal, demonstram total carinho e atenção. E ainda conseguem o objetivo que era fazê-la dormir em seu próprio quarto, sem murmúrios, nem mentiras ou sob coação. Pelo contrário, pacificamente... contando-lhe uma história.


Marilí
24/11/2011

4 comentários:

  1. Que lindo Marilí!!! Sublime é amar, ter paciência e ainda assim conseguir os objetivos. Fiquei com vontade de ver esta novela!!!

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  2. Adorei o artigo, pois é através da doação do amor que se tem a realização, me sinto realizada com meu trabalho sendo uma educadora!

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  3. Que legal Marili!!
    Interessante a sua ideia. Fico feliz com o seu crescimento...
    Oliria Mendes

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  4. Muito obrigada pelos comentários!! Fico muito feliz com esse feedback!

    Darlene, estou encantada com a Vida da Gente!

    Lú, tenho certeza que seu trabalho é reconhecido e que você é Educadora Nota 10!

    Professora Olíria, como é bom receber esse seu carinho! Saudade...

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